
“Caos na República do Mirtilos” esta é a nova produção da Severi, encenada por Helena Briga Nogueira, que estreia já no próximo dia 11 de dezembro, às 21h30, no Centro das Artes e do Espetáculo de Sever do Vouga. Em palco vão estar 16 severenses. É o regresso às comédias desta associação juvenil, que em tempos de pandemia, promete um serão animado, onde o desafio é deixar de rir.
E se de repente um pequeno concelho como Sever do Vouga ganhasse a dimensão de uma superpotência? O motivo? A cura para a Covid19.
Basta acrescentar os mirtilos severenses a uma mistela qualquer e nasce o antídoto que traz fama em todo o mundo, ao ponto de Sever do Vouga se transformar num país independente: A República dos Mirtilos.
Este é o ponto de partida para uma série de aventuras, desastres e confusões que se passam dez anos depois, numa embaixada que está literalmente aos papeis. Portugal continua amuado com o jovem país: Sever do Vouga e ser diplomata neste clima de “guerra morna” é uma prova de fogo. Literalmente. A vida não está fácil para ninguém, nem mesmo para uma família de turistas que só queria ver-se livre dos problemas do dia-a-dia.
Bilhetes à venda no CAESV, Balcão Único, Posto de Turismo ou em Ticketline.
“Os dias têm sido duros para todos. Ao contrário da ficção em que, nesta história, descobrimos a cura para a Covid 19, na realidade, o antídoto que trazemos é outro: duas horas em que os problemas e as amarguras ficam à porta da sala de espetáculo”, explica Patrícia Fernandes, presidente da direção, que sublinha a dedicação de todo o grupo. É extraordinário e nunca é demais reforçar o empenho e entrega de todos os elementos deste grupo. Temos tido cargas semanais de 4 horas de ensaios e, nesta fase final, ainda vamos apertar. Temos que, entretanto, dar, ainda, uma mãozinha nos cenários e na produção do evento…tudo isto intercalado com as nossas vidas profissionais e familiares, mas, na verdade, são estas dificuldades que tornam o teatro amador tão mágico e genuíno”.
Proximidade com a comunidade é palavra de ordem da Severi que tem procurado desenvolver um percurso artístico diversificado e pluridisciplinar. “Sem pretensiosismos, continuamos a trabalhar com amor à arte, às pessoas e ao concelho. Numa entrevista recente Tiago Rodrigues, aquando da saída da direção do Teatro D. Maria, dizia que às vezes lhe apetecia escrever sobre árvores e não tinha mal nenhum. A nós, desta vez, apeteceu-nos fazer rir, entreter e proporcionar duas horas de boa disposição”, sublinha a dirigente acrescentando que “este projeto está inserido numa estratégia de formação de públicos abrangente, no âmbito da qual temos intercalado estes conteúdos, com trabalhos ligados à memória e ao património severense e também aos clássicos da dramaturgia, dando o nosso contributo para uma aproximação às artes e para o desenvolvimento cultural do concelho”, sublinha.